Moradores de condomínio atingido por explosão terão isenção de parcelas e de taxas de condomínio

Moradores de condomínio atingido por explosão terão isenção de parcelas e de taxas de condomínio

Os moradores dos prédios interditados após uma explosão em Porto Alegre terão isenção nos pagamentos das prestações, da entrada e das taxas condominiais, conforme decidiram em reunião no sábado (13).

O acidente aconteceu no dia 4 de janeiro, atingindo uma das torres de um condomínio no bairro Rubem Berta, Zona Norte da Capital. Um morador morreu.

As causas da explosão são investigadas pelo Instituto Geral de Perícias. A suspeita é de que um vazamento de gás tenha causado o acidente. Conforme análise preliminar dos bombeiros e de engenheiro contratado pela construtora, há risco de desabamento.

Os moradores dos blocos 9, 10 (onde ocorreu a explosão), 11 e 12 não puderam voltar para as residências. Eles foram realocados em casas de famílias e no salão de festas do condomínio.

Em reunião com a participação da prefeitura, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ficaram definidas as seguintes medidas:

  • Suspensão dos financiamentos contratados pelos moradores por até seis meses. Segundo a Caixa Econômica Federal, as seguradoras dos imóveis pagarão as parcelas dos moradores até que as unidades possam ser ocupadas;
  • Suspensão do pagamento das parcelas da entrada dos financiamentos pela construtora Tenda. Para os moradores dos prédios 9 e 10 por seis meses. E das unidades 11 e 12, por três meses;
  • Suspensão do pagamento de taxas condominiais;
  • Oferta de vagas em pousadas pela prefeitura aos moradores que necessitem.

Construtora alerta para “risco de colapso”

A construtora Tenda, responsável pela construção do condomínio, informou, em nota, que constatou “risco de colapso” na torre após a explosão.

“Embora o risco de colapso decorra da explosão ocorrida no interior de um apartamento, e não de falhas construtivas, a empresa está ativamente colaborando com o condomínio para assegurar o isolamento eficaz da área, incluindo os blocos 9, 10, 11 e 12”, diz. Confira o texto completo abaixo.

Em análise preliminar, o Corpo de Bombeiros já havia apontado para a possibilidade.

“Pode ocorrer o que nós chamamos de efeito cascata que na parte que não está comprometida, acaba sendo afetado pela parte que está comprometida. No caso de de colapso estrutural da queda desse desse desse material”, descreveu o comandante Ricardo Mattei, no dia da explosão.

Nota da construtora Tenda

“Alerta para risco de colapso na torre 10 do condomínio Alto São Francisco

Após ter acesso ao laudo técnico do condomínio, que revela um risco de colapso na edificação devido à explosão em uma unidade, a construtora informou prontamente as autoridades públicas sobre a situação.

Embora o risco de colapso decorra da explosão ocorrida no interior de um apartamento, e não de falhas construtivas, a empresa está ativamente colaborando com o condomínio para assegurar o isolamento eficaz da área, incluindo os blocos 9, 10, 11 e 12. A instalação de tapumes, isolando completamente os acessos a estas unidades, já está em andamento. A área anteriormente já estava sob isolamento parcial pela Defesa Civil, com apoio de vigilância privada noturna.

Engenheiros da construtora, especialistas na metodologia construtiva utilizada, confirmam as conclusões do laudo do condomínio, enfatizando que a explosão levou a um risco de colapso da edificação, o que demanda a implementação de medidas adicionais para garantir a segurança dos moradores. A construtora reafirma seu compromisso em colaborar solidariamente com as iniciativas necessárias.”

 

Fonte: Gaúcha ZH