Associação de hotéis se manifesta sobre caso de câmera escondida em quarto de condomínio em Muro Alto

Associação de hotéis se manifesta sobre caso de câmera escondida em quarto de condomínio em Muro Alto

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis seccional Pernambuco destacou que o empreendimento onde turistas encontraram a câmera ocula ”não é hotel nem resort”  A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis seccional Pernambuco (Abih-PE) se pronunciou nesta segunda-feira (22) sobre o caso da câmera escondida instalada no quarto de um condomínio de luxo, na praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Grande Recife.

Por meio de nota, a associação manifestou “a mais profunda indignação em relação ao lamentável incidente”. A câmera foi identificada por um casal de turistas de São Paulo no dia 15 de janeiro. “Esclarecemos que o referido empreendimento não é hotel nem resort, fato pelo qual não é nosso associado, e aproveitamos para reafirmar nosso compromisso inabalável com a segurança e privacidade dos hóspedes que frequentam nossos estabelecimentos”, diz o comunicado da Abih.

A associação também destacou que apoia as autoridades responsáveis pela investigação e que confia que os autores do crime serão responsabilizados perante a lei.

“Um episódio como este explicita a fragilidade neste modelo de hospedagem e incentivamos os turistas a optarem por meios que possam oferecer sistemas mais rigorosos, com responsabilizações inequívocas, visando garantir sua segurança e tranquilidade durante as estadias”, afirmou a associação.

Relembre o caso

Um casal de turistas de São Paulo descobriu uma câmera escondida no quarto de um condomínio de luxo, na Praia de Muro Alto, em Ipojuca, e denunciaram o caso à Polícia Civil no dia 15 de janeiro. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da descoberta do equipamento. Na semana passada, uma fonte da polícia disse ao Diario que o conteúdo do cartão de memória está sendo periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). As imagens mostram as instalações do quarto e parte do condomínio onde os turistas estavam hospedados.

De acordo com uma fonte ligada à polícia, os investigadores não descartam que haja outras vítimas da tal “câmera espiã”, já que os investigadores já descobriram que o equipamento estava instalado desde 2019 no quarto do condomínio.

Os investigadores já tratam o caso como crime previsto no artigo 216-B. Essa norma aponta que é delito produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: Pena de detenção, de seis meses a um ano, além de multa.

Fonte: Diário de Pernambuco