Síndico que montou serviço clandestino de fornecimento de água fazia ameaças a moradores: ‘Quero dar uma camaçada de pau nela’

o síndico montou uma distribuição clandestina, e passou a cobrar pelo serviço

[adrotate group=”1″]

Investigações no sul do país revelaram esquemas comandados por síndicos de condomínios residenciais. Segundo a polícia, eles planejavam e executavam golpes como falsa venda de apartamentos ou distribuição clandestina de água e gastavam dinheiro dos moradores até em clínicas de estética.

Em Farroupilha, no interior do Rio Grande do Sul, Alexandre da Costa, síndico de um condomínio chamado Alvorada I, acabou preso após ser investigado pela polícia por causa de denúncias dos moradores.

Alexandre também montou um serviço clandestino de fornecimento de água desde que a companhia estatal cortou o fornecimento por falta de pagamento, e cobrava pelo serviço.

“É o dinheiro que vocês pagam para vocês terem água do consumo, só que, em vez de você dar dinheiro para o estado, vocês estão revertendo o dinheiro para vocês mesmo”, disse em um áudio.

Em mensagens de áudio para o grupo de moradores, ele tentou justificar a decisão: “Uma pandemia de grau imenso que aconteceu. Moradores reclamando e chorando aqui na minha sala. Dizendo que não tinham condições de pagar os seus condomínios. O que que eu faria nesse momento?”

[adrotate group=”1″]

O problema é que, segundo a investigação, o dinheiro ia pro bolso do próprio síndico, e olha o que ele fazia com quem não pagava pelo seu sistema de água.

Continua após propaganda:

CURSO BÁSICO DE DIREITO CONDOMINIAL APLICADO

“Tive que sair de casa e ficar na minha sogra. a gente conseguiu o dinheiro para pagar, a gente mandou o comprovante para ele. ele disse que ele não ia religar, que o prazo de religação era de 48 horas. No mês seguinte, ele cobrou a taxa de religação de R$ 50”, disse uma vítima que preferiu não se identificar.

Nas mensagens de áudio, Alexandre fazia ameaças: “Manda vir aqui que eu quero dar uma camaçada de pau nela.”

“Na verdade, gente faz como se fosse, como vocês tão falando uma ameaça, né? Só que a gente não, não faz”.

“Extorsões, apropriação indébita, constrangimento ilegal, exercício arbitrário das próprias razões, que é aquele crime de fazer Justiça com as próprias mãos”, destaca Ederson Bilhan – delegado da Polícia Civil.

Fonte: G1