Lutador de jiu-jitsu agride funcionários e subsíndica de condomínio em Vitória, é levado à delegacia, mas não é preso

Lutador de jiu-jitsu agride funcionários e subsíndica de condomínio em Vitória, é levado à delegacia, mas não é preso

Um lutador de jiu-jitsu agrediu dois funcionários e a subsíndica de um condomínio em Jardim Camburi, Vitória, após a esposa dele ficar sem receber uma mercadoria que estava sendo entregue fora das regras do prédio. Renato Procaci e os outros envolvidos na confusão foram para a delegacia do município, mas o lutador foi liberado sem prestar depoimento e sem nenhuma autuação.

De acordo com as vítimas, a encomenda seria entregue por um motorista de aplicativo. Neste caso, a regra do condomínio estabelece que os destinatários devem descer dos respectivos apartamentos para o recebimento. A subsíndica, então, ligou para Renato e a esposa, comunicando que os dois precisariam descer.

As imagens gravadas pelo circuito de segurança do local mostram o momento em que Renato e a esposa chegaram na portaria. A esposa do lutador é a primeira a falar com as vítimas pela janela que separa a cabine, onde ficam os funcionários, do saguão.

Em seguida, é possível ver o lutador abrindo com força a janela, iniciando a confusão.

Um funcionário do prédio que estava na portaria junto com a subsíndica abre a porta para conversar com o casal. Renato, então, aparece nas imagens o confrontando, e logo depois tenta tomar o celular da mão da porteira com agressividade.

Na tentativa de defender a mulher, o funcionário tenta segurar Renato, que se vira e começa a golpear o homem. Num certo momento, o lutador tenta dar uma cabeçada no funcionário. Os dois caem no chão e Renato continua as agressões.

O lutador de jiu-jitsu toma, então, o celular da porteira e todos saem da portaria.

Depois de darem depoimento na delegacia, as vítimas foram encaminhadas para fazer exame de corpo de delito no Departamento Médico Legal de Vitória (DML).

Questionada sobre o assunto, a Polícia Militar informou que foi acionada na manhã desta sexta-feira (21) e prosseguiu até o endereço para verificar informações de que havia um tumulto em um prédio. No local, foi constatado um desentendimento entre moradores.

Segundo a nota da polícia, um homem foi acusado de ter agredido funcionários e moradores, mas ele negou os fatos. Diante do impasse entre os envolvidos, as partes foram encaminhadas à Delegacia Regional de Vitória.

De acordo com as vítimas, apesar de toda a confusão, o lutador de jiu-jitsu foi liberado sem prestar depoimentos e sem nenhum autuação.

Questionada, a Polícia Civil, por sua vez, informou que o caso segue em andamento na Central de Teleflagrante.

O que disse a defesa do lutador

a Polícia Civil, por sua vez, informou que o caso segue em andamento na Central de Teleflagrante

Na noite desta sexta-feira (21), o advogado de defesa do lutador Rodrigo Bandeira de Mello informou por meio de nota que Renato agiu estritamente em defesa própria e da esposa, e que em absolutamente nenhum momento agrediu ou pretendeu agredir a subsíndica, ou qualquer mulher envolvida.

O advogado informou ainda que o contexto dos fatos será devidamente apurado no momento oportuno, através de testemunhas e imagens de monitoramento interno.

Fonte: G1