Associação de síndicos vai buscar apoio do BNDES para realinhar prédios tortos

Associação de síndicos vai buscar apoio do BNDES para realinhar prédios tortos

Há 319 edifícios tortos na cidade de Santos (SP), dos quais 65 requerem mais atenção devido ao nível de inclinação

Representantes de edifícios inclinados escreveram nessa terça-feira (6) o primeiro capítulo de uma nova história. Com a presença de síndicos e moradores de pelo menos 15 condomínios de vários bairros de Santos, eles decidiram formalizar a criação de uma inédita associação.

O objetivo é viabilizar linhas de crédito a juros subsidiados para estabilizar e reaprumar os 319 prédios tortos existentes hoje na Cidade. A primeira alternativa é criar canais de interlocução com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado ao Governo Federal. Mas, os síndicos não descartam a hipótese de, eventualmente, buscar apoio no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou até no Banco Mundial.

Para isso, vão criar um estatuto, se transformar em pessoa jurídica e eleger um presidente ou presidenta. A próxima reunião do grupo ficou marcada para o próximo dia 27.

“A gente quer pagar pelo trabalho a ser executado, mas precisamos de uma linha de crédito de longo prazo, de 25 ou 30 anos”, resume Fernando Borelli, que fez uma apresentação aos demais síndicos presentes na reunião.

“Vivemos em uma cidade com muitos aposentados, então não dá para onerar ainda mais os moradores desses prédios, até porque os custos são altos para estabilizar ou reaprumar esses edifícios”, ressalta Borelli.

Ele citou ainda a hipótese de formação de um eventual fundo garantidor do crédito a partir da criação de mecanismos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Num primeiro momento, a prioridade são os 65 prédios que exigem mais atenção, com inclinação lateral de 50 centímetros ou mais.

Presente à reunião, o representante do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), Flávio Santana, requereu imediatamente à secretária municipal de Infraestrutura e Edificações, Larissa Silva de Oliveira Cordeiro, a relação desses 65 prédios.

A partir daí, as lideranças do grupo de síndicos vão procurar pessoalmente os representantes desses outros condomínios. “Hoje foi ótimo. E estou muito otimista de que vamos encontrar soluções”, salienta Eliana de Melo, anfitriã da primeira reunião da Associação.

“Agora, vamos procurar os demais síndicos e levar esse tema para dentro dos condomínios, conversar com os moradores”, completa a síndica.

 

Fonte: Diário do Litoral