Férias exigem cuidados extras nos condomínios

Férias exigem cuidados extras nos condomínios

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As férias escolares de julho chegaram e, com elas, a preocupação extra da administração dos condomínios com as áreas de lazer, em função do maior número de crianças nos espaços comuns e nas piscinas. Para os síndicos, é o momento de fazer a vistoria de todos os brinquedos, cuidar das instalações, instruir a equipe de funcionários e reforçar entre os moradores as regras da boa convivência.

Um bom regimento interno é o primeiro passo para fortalecer as normas de uso nas áreas comuns e resguardar os síndicos com relação a eventuais acidentes. A orientação de Flávia Ramos, gerente de Condomínios da Precisão Administradora, é que os síndicos revisitem as regras do documento.

— O síndico deve atualizar o regimento interno e acrescentar eventuais itens que julgar necessários, mas sempre embasado pela convenção do condomínio — ressalta ela.

O advogado especializado em Direito Imobiliário Leandro Sender diz que, embora a pandemia tenha arrefecido, a desinfecção de brinquedos e das instalações internas deve ser mantida como regra nos condomínios. No período de férias, é necessário estabelecer uma rotina diária para limpeza, uma vez que os espaços são mais utilizados pelos moradores. A administração deve estar atenta à alta rotatividade de pessoas circulando nas áreas comuns para garantir a segurança e evitar barulho em horários inapropriados.

— Nas férias, as crianças ficam mais em casa, o que acaba gerando distúrbios com vizinhos que estão trabalhando em regime de home office. Os síndicos têm a função de mediar qualquer tipo de conflito nesse sentido — afirma Leandro.

Arquiteto e diretor da Santos Projeto, Fernando Santos lembra que a administração dos condomínios deve ter atenção redobrada com janelas e peitoris e aconselha a instalação de grades ou redes de proteção nas áreas que ofereçam perigo para os pequenos. É aconselhável também evitar mobiliários fáceis de escalar próximos a janelas e ficar atento à iluminação das áreas comuns.

— As crianças costumam ficar até mais tarde no playground durante as férias, e nesta época do ano o sol se põe mais cedo. Uma boa iluminação garante a segurança de todos que circulam pelo condomínio, inclusive dos idosos — alerta Santos.

A manutenção dos brinquedos do parquinho infantil, como gangorras, escorrega e balanço, é um capítulo à parte no rol de cuidados nos períodos das férias. Segundo o arquiteto, eles devem ser inspecionados no mínimo uma vez por ano para evitar acidentes. Os pontos de oxidação são alertas para interditar o uso do equipamento, uma vez que oferecem riscos de doenças como tétano.

Conflitos

O síndico profissional José Sasson diz que, depois da pandemia, a paciência das pessoas parece que ficou mais curta, e qualquer ruído é motivo para atritos entre moradores, principalmente aqueles que trabalham em home office. Os problemas são mais frequentes em condomínios que não dispõem de área de lazer para crianças.

— Não é fácil mediar esse tipo de conflito. A convenção determina os horários em que os barulhos são permitidos, mas, por outro lado, as pessoas precisam trabalhar. É uma linha tênue, e a solução depende de muita conversa.

Sasson diz que, antes das férias, costuma fazer vistoria nos elevadores e em todas as instalações do condomínio. Se o edifício não tem recurso em caixa, o jeito é interditar o que pode oferecer perigo ou estiver danificado. É importante ainda, afirma ele, manter a equipe de funcionários à disposição do condomínio.

— Não se deve programar férias de funcionários de dezembro a fevereiro e nem de maio a agosto. A equipe precisa estar ligada aos problemas que podem surgir nesses períodos em que os prédios ficam mais movimentados.

 

Fonte: Extra

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