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Fernando Nery fala sobre como é ser um Síndico Profissional

Fernando Nery acredita que, no futuro, a profissão de síndico pode se tornar uma graduação.

“As pessoas estão na correria, querem tudo funcionando normalmente, se não, acabam explodindo, por isso gestão de crise é tão importante” 

Desafio: Saber lidar com o ser humano

O síndico profissional Fernando Nery, que faz a gestão de 20 condomínios, relata que a profissão começou a se desenhar quando ele tinha 16, 18 anos.

“Cresci ouvindo meu pai e meu avô reclamando de pagar condomínio de imóveis que possuíam e da bagunça que eram. Eu, que sempre frequentava as reuniões, via que ninguém tinha interesse em se candidatar a síndico. Foi assim que me candidatei, pensando, inclusive, em fazer uma renda extra. Fui eleito, o tempo foi passando, fui tomando gosto pela função e comecei a alcançar bons resultados, o que fazia com que as pessoas me indicassem para outros condomínios.”

De lá pra cá se passaram quase 13 anos. Tempo suficiente para que Fernando aponte o maior desafio da profissão:

“Lidar com o ser humano. Nós precisamos passar um feedback, saber absorver uma determinada situação, saber que nada é pessoal, afinal, problemas vão sempre acontecer.” 

Fernando afirma que, diante de problemas do dia a dia do condomínio, ao resolvê-los, faz também gestão de pessoas, e a gestão de crise.

“Se um cano quebra, se a bóia para de funcionar, se o elevador dá problema, antes do conserto, fazemos gestão de pessoas. O síndico precisa saber gerir crise. As pessoas estão na correria, querem tudo funcionando normalmente, se não, acabam explodindo, por isso, gestão de crise é tão importante.”

Para ele, a maior vitória enquanto síndico é ver os condomínios funcionando de forma completa.

“Muitas vezes, a pessoa me chama desesperada por não saber o que fazer diante de um síndico despreparado ou mal intencionado, ou de um condomínio complicado com relação às contas ou fisicamente. Quando assumimos e conseguimos reverter tais situações, é muito gratificante. É uma vitória a gente ver o condomínio fluindo ‘redondinho’.”

Trabalhando para cerca de vinte condomínios, Fernando conta que tenta conciliar sua rotina com as demandas da semana. “Faço uma agenda de três em três dias, sabendo que normalmente segunda-feira é um dia em que se acumulam mais demandas. Vale destacar que a rotina se altera de acordo com a época do ano, de chuvas, de eleições e reeleições, etc.”

Sobre o futuro, suas expectativas são as melhores. “Trata-se de um ramo que vem crescendo. Antigamente, o síndico não tinha tantas obrigações, ele geralmente era um senhor aposentado, com boa vontade, que ajudava o condomínio. As pessoas o respeitavam, ele falava que não podia fazer barulho, ninguém fazia barulho. Hoje não é mais assim, o condomínio se profissionalizou. Acredito que, no futuro, exista até um curso superior para síndicos. Além disso, a tecnologia veio nos auxiliar a atender a mais condomínios. Estou animado com esse crescimento do mercado condominial.” 

Algumas informações: Revista O Síndico.

 

Fonte: Cerqueiras Notícias

 

Luiz Davi

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