Briga judicial: erro de engenharia causa enchentes em condomínio de luxo

erro de engenharia causa enchentes em condomínio de luxo

Os moradores do condomínio de luxo Meridian, localizado na Avenida Marquês de Pombal, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, recorreram à Justiça para exigir obras emergenciais que resolvam problemas de alagamentos, atribuídos a erros na execução da obra. O residencial, que possui casas térreas e sobrados com valores variando entre R$ 1 milhão e R$ 1,8 milhão, enfrenta essa situação desde que os primeiros moradores começaram a se mudar.

Segundo a reportagem do Jornal Mídia Max, um dos primeiros residentes relata ter testemunhado vazamentos na tubulação de drenagem. A situação piorou e, após uma forte chuva em março, várias casas foram inundadas.

A necessidade de reparação das obras, segundo consta nos autos, está estimada entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Os moradores contrataram um topógrafo para realizar um laudo e identificar o problema. Nelson Nogueira Quelho, o profissional responsável, apontou que a causa seria a falta de desnível adequado na tubulação para escoamento das águas. “A tubulação não tem declividade suficiente para escoar as águas e resíduos sólidos pelo volume que a bomba demanda, ocasionando acumulo de material mais denso e obstrução do tubo no decorrer do escoamento. Constatamos também que as declividades no decorrer do escoamento são inferiores a exigida pelas normas técnicas”, diz o laudo anexado ao processo.

O advogado do condomínio, Jarbas Cugula, informou que a incorporadora foi notificada extrajudicialmente, mas esta alegou que a responsabilidade é do condomínio. A resposta oficial anexada ao processo afirma que o problema teria sido causado por falta de manutenção no sistema de drenagem e caixa de contenção de cheias, sendo, portanto, responsabilidade do condomínio.

A juíza Sueli Garcia determinou a realização de uma perícia judicial para identificar a causa do problema, nomeando a empresa Peritos Forenses Associados para conduzir o trabalho. O prazo estabelecido para o início da perícia é de 30 dias.

A reportagem tentou contato com os canais oficiais da Meridian Spe Empreendimentos Ltda, mas as ligações não foram atendidas e o e-mail não foi respondido. O espaço segue aberto para manifestação.

 

Fonte: perfil