O deputado federal José Medeiros (PL-MT) se manifestou nesta sexta-feira (18) sobre a nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais e de manter contato com outras pessoas investigadas, inclusive seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
Para Medeiros, a decisão representa mais um episódio de abuso de autoridade por parte de Moraes, a quem acusou de atuar fora dos limites constitucionais. Segundo o parlamentar, o ministro está “agindo fora do que deve ser o comportamento de um ministro” e, futuramente, deverá responder por isso.
“Eles vão ter muita dificuldade daqui pra frente e, principalmente, após 2026, porque nós vamos fazer a maioria. Me disse o Alexandre, não é ameaça, é uma constatação. O senhor vai perder o cargo, o senhor vai ser cassado, porque o senhor não está honrando, o senhor não está cumprindo a Constituição”, afirmou.
Medeiros criticou ainda a falta de reação por parte do Congresso Nacional frente às decisões do Supremo. Para ele, o Senado tem estado “de cócoras”, sem reagir às decisões do STF que, segundo ele, ultrapassam os limites institucionais. “Temos poucos senadores que se insurgem com esse tipo de coisa. E o presidente do Congresso é inerte”, disse.
O parlamentar também demonstrou preocupação com os efeitos políticos e econômicos das recentes decisões judiciais. Segundo ele, a insegurança jurídica provocada por esse tipo de operação começa a refletir no cenário econômico, inclusive nas relações internacionais do Brasil. Prova disso seriam as ameaças de Donald Trump e a iminente taxa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos EUA a partir de 1º de agosto.
“A preocupação é justamente que essa insegurança jurídica está transbordando para a esfera econômica. Eles resolveram caçar a confusão com a maior economia do mundo”, afirmou Medeiros.
Chris Cavalcante/Da Redação







