Briga entre promotor e procurador em condomínio de Belo Horizonte segue sem investigação da Justiça

Briga entre promotor e procurador em condomínio de Belo Horizonte segue sem investigação da Justiça

Uma briga entre um procurador e um promotor em um condomínio de luxo em Belo Horizonte, envolvendo insultos verbais e agressões físicas, permanece sem investigação formal uma semana após o ocorrido. A Polícia Militar (PM) registrou o incidente e informou que encaminharia o boletim de ocorrência à Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No entanto, nesta terça-feira (2), o órgão afirmou não ter recebido qualquer documento sobre o caso.

O incidente ocorreu no dia 25 de junho, no condomínio onde ambos os servidores residem, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A briga ganhou notoriedade apenas na segunda-feira (1º de julho). Segundo o procurador, a altercação teve início quando o promotor o “encarou” na academia do condomínio. Após questionar o motivo, o promotor o teria chamado de “zarolho” e, em seguida, agredido com um soco no rosto, uma mordida na mão e uma tentativa de estrangulamento.

O procurador alegou que o promotor tem um histórico de agressividade e que já havia se referido a ele de maneira depreciativa em reuniões de condomínio. Além disso, afirmou que o promotor e sua esposa, síndica do condomínio, estão tentando lhe causar problemas, mas não especificou exemplos no boletim de ocorrência.

Por outro lado, o promotor relatou que o procurador entrou na academia de forma provocativa para tirar satisfação sobre comentários feitos em uma reunião de condomínio. O procurador teria dito: “Olha o seu tamanho, você é corno!”. O promotor então reagiu com um soco, alegando lembrar de uma ameaça de morte feita pelo procurador anteriormente e temendo que ele estivesse em busca de uma arma.

O que diz o B.O

No boletim de ocorrência, ao qual a reportagem teve acesso, a PM afirma que “considerando as prerrogativas funcionais dos envolvidos, o presente registro será encaminhado à Procuradoria-Geral de Justiça.” No entanto, o Ministério Público de Minas Gerais informou que a Procuradoria não registrou a entrada de nenhum documento relacionado ao caso. Questionada sobre o envio do boletim, a PM não respondeu.

 

Fonte: DIVINEWS