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Estavam com luvas, capuz, tranquilos, cuidadosos e bons avaliadores de joias. Essa foi a descrição feita pelas vítimas de um assalto sobre os integrantes de uma quadrilha que invadiu, no final de semana, um condomínio de luxo, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas, e assaltou várias residências.
De acordo com elas, os criminosos demonstraram ser muito profissionais e, a todo tempo, acalmavam os reféns, dizendo que nada aconteceria, pois queriam apenas joias e dinheiro.
A invasão ao condomínio aconteceu por volta das 2h30 da madrugada do sábado. Inicialmente, três bandidos – um deles armado -, invadiram a casa de um empresário de 63 anos, depois de cortarem a cerca elétrica do muro do condomínio. A vítima estava dormindo.
Os bandidos entraram no imóvel pela janela de um dos banheiros que fica no andar superior do imóvel. O casal foi acordado com os latidos da cachorra viralata, que dorme no mesmo quarto do casal.
Eles, então, foram obrigados a ficar deitados de bruços, vigiados por um dos bandidos, enquanto os comparsas reviravam o imóvel em busca de joias, dinheiro e objetos de valor. “Minha esposa tem joias e bijuterias. Mas eles olhavam as peças e sabiam exatamente quais eram valiosas ou não”, contou uma vítima.
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Em uma das casas, os criminosos ficaram com os moradores por 1h30. Eles foram deixados amarrados. “Os bandidos não foram agressivos. Conversavam entre si e eram cuidadosos para não deixar qualquer evidência”, lembrou a vítima.
A suspeita é a de que o grupo era composto por ao menos quatro integrantes, uma vez que eles se comunicavam por telefone.
Em uma das casas vizinhas, os bandidos não conseguiram entrar, porque o cachorro da família, que fica no quintal, passou a latir.
Em outro imóvel, o morador passou mal durante a ação, mas ainda assim, os criminosos seguiram com o roubo e levaram joias e dinheiro do imóvel. “Eles só fugiram porque os moradores de uma das casas vizinhas ouviram barulhos e acenderam as luzes”, contou uma vítima.
Os suspeitos fugiram com o carro de uma das vítimas, que foi localizado na noite do mesmo dia no pátio de uma empresa de entrega na região do bairro San Martin.
O crime será investigado no 7º DP, em Barão Geraldo.
Cerca elétrica
Em junho, ao menos quatro bandidos abriram um buraco no muro de um condomínio de luxo em Paulínia e invadiram pelo menos duas casas. Dois dias depois, a PM prendeu um suspeito com um relógio de uma das vítimas.
A ousadia dos assaltantes foi tamanha que o carro da vítima foi deixado em um barracão, monitorado por diversas câmaras de segurança. O veículo foi deixado sem combustível. A suspeita é a de que os bandidos rodaram a cidade, até abandonar o automóvel.
Outro item que também despertou a atenção dos moradores foi o fato de os criminosos terem cortado a cerca elétrica para invadir o condomínio. “É muito comum esse tipo de coisa acontecer (cortar a cerca). A cerca deveria estar desligada ou o aparelho, estragado ou o equipamento fraco. A pessoa que invadiu o local tinha muito conhecimento sobre o funcionamento da cerca.”
Tem produtos no mercado de baixa qualidade e isso favorece o corte delas, sem problemas”, explicou o empresário José Augusto Asbahr, que tem empresa de instalação de cercas elétricas. “A cerca elétrica é um dos itens de segurança, mas tem que ser de boa qualidade e também estar acompanhada de outros itens, como sensores, pontas cortante ou concertina, para inibir as ações”, acrescentou.
Para o analista criminal e especialista em Segurança Pública, Adalberto Santos, as invasões em condomínios estão cada vez mais comuns e ocorrem por duas razões: a fuga de informação privilegiada e falhas no sistema de segurança, em especial na cerca elétrica. “O crime é dinâmico e evolui muito. A proteção de um condomínio ou individual é estática e não acompanha as mudanças. Temos que ser dinâmicos e ver que ela tem de ser um conjunto de ações para mudar e mitigar as ações criminosas”, disse Santos.
Fonte: Notícias de Campinas
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