A jornalista Renata Cafardo e o fotojornalista Thiago Queiroz, do Estadão, foram agredidos por moradores de um condomínio de luxo em Maresias, litoral norte de São Paulo, quando faziam a cobertura onde ocorreu a maioria das mortes causadas pela tragédia em São Sebastião.
Assim que os profissionais viram uma situação calamitosa e carros boiando enquanto se dirigiam à Barra do Sahy, pararam para conversar com as pessoas do entorno, que indicaram que ambos fossem a um residencial ao lado que precisava de mais atenção.
Enquanto seu colega de trabalho, após pedir permissão, fotografava a rua do condomínio alagada, Carfado ficou do lado de fora. Nisso, um grupo de 5 homens e uma mulher a abordaram perguntando de onde ela era.
Quando a repórter respondeu que era do jornal O Estado de S. Paulo, o grupo pediu para que ela se retirasse do local. Um homem, inclusive, a ofendeu com discurso político e um empurrão.
Após Thiago terminar as fotos, um outro grupo que o cercava pediu para que apagasse as imagens. Em seguida, a jornalista disse estar filmando o momento para que os opressores parassem com a coação. O que não adiantou e, ainda, fez com que ela fosse empurrada novamente para uma área alagada.
Depois do ocorrido, algumas pessoas se mobilizaram para ajudar a repórter, dizendo que se tratava de uma agressão à mulher.
Renata encerra o seu relato à CNN demonstrando inconformidade às recorrentes agressões sofridas pelos jornalistas. “Ninguém parou de trabalhar por causa daquilo, é algo que não pode ficar impune, precisa ser denunciado”.
Fonte: Jornal GGN