Uma síndica, de 45 anos, denuncia ter sido vítima de racismo e de agressão por uma moradora de um condomínio, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (28 de dezembro). Em vídeo, que circula nas redes sociais, a vítima é chamada de “negra doida”.
Tudo começou, segundo a síndica, após a moradora ter andado pelo condomínio com a cachorrinha sem a coleira. “A regra é que só pode transitar com o pet na coleira, porém ela acabou descumprindo. A cachorrinha dela acabou atacando uma outra que ficou ferida”, disse a mulher que terá a identidade preservada.
A síndica, então, afirmou que foi conversar com a moradora. “Mostrei o vídeo da outra cadela machucada, mas ela não aceitou. Disse que jogaram a outra cachorrinha na dela. Diante do insucesso da conversa, tive que aplicar uma multa”.
Quando a síndica foi até a moradora pedir para que assinasse uma advertência, os ataques começaram. “Falou que não aceitaria assinar e que iria processar o condomínio. Depois disso, ela foi para um bar e ao retornar me agrediu verbalmente e fisicamente com tapas. Ela me encostou na parede”.
Uma síndica, de 45 anos, denuncia ter sido vítima de racismo e de agressão por uma moradora de um condomínio, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (28 de dezembro). Em vídeo, que circula nas redes sociais, a vítima é chamada de “negra… pic.twitter.com/yFXU92gTIX
— O Tempo (@otempo) December 29, 2023
Em determinado momento, a moradora chamou a síndica de “negra doida”, conforme aparece em vídeo gravado por outros residentes do condomínio. “É lamentável este tipo de comportamento. Injúria contra a minha cor de pele, a cor da minha família. Fui agredida moralmente, fisicamente e psicologicamente. Puro racismo. Por isso, precisamos denunciar para colocar fim em tudo isso”, disse.
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A síndica denunciou o caso na Polícia Civil e fez exames de corpo delito nesta sexta-feira (29 de dezembro). “Pego os resultados na próxima semana e vou entrar com processo contra esta pessoa”. Procurada pela reportagem, a instituição afirmou que vai apurar o caso. A suspeita não foi localizada.
Fonte: O tempo