Ao ir até o ninho procurá-las, o zelador do local sentiu um cheiro forte e encontrou o buraco tampado por garrafas pet. Ele acha possível que tenham morrido asfixiadas ou então desnutridas e desidratadas, por não terem conseguido sair de lá.
“Uma crueldade o que fizeram. Colocaram a garrafa na ‘boca’ da toca e elas não conseguiram sair”, se indigna o funcionário. Ele não sabe dizer ao certo quantas corujas morreram, mas acredita que seja entre duas e quatro.
Moradora que não quis se identificar disse que “o condomínio inteiro está revoltado” e que estão se mobilizando para descobrir quem colocou as garrafas. A vizinhança não tem suspeitos.
Câmeras – As imagens gravadas pelas câmeras de segurança estão sendo recuperadas para serem levadas até a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) de Campo Grande, informou ao zelador. “Estamos tentando também colocar uma câmera dentro do buraco, para saber se tem outras aves lá e o que mais pode ter lá dentro”, completou Mário.
Chegaram antes – As aves ocupavam o terreno antes da construção do condomínio, conta ainda o zelador, Mário Samuel. Assim, era como se elas “pertencessem” aos moradores.
“Desde a compra do terreno até a construção, num buraco na grama do condomínio viviam duas corujas e seus dois filhotes, a coisa mais linda que não fazia nada a ninguém, só queriam viver”, relata.
Crime ambiental – Provocar a morte de animais silvestres, como a coruja, é crime ambienta. Quem o pratica poderá incorrer pena de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Fonte: Campo Grande News