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Um idoso de 72 anos acionou na Justiça a vereadora de Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) por calúnia, difamação e injúria, após um desentendimento no elevador do Edifício Central Park, no centro da Capital, onde ambos residem. A ação corre no Juizado Especial Criminal Unificado.
Tomas de Aquino Silveira Boaventura registrou, antes, um boletim de ocorrências contra a parlamentar. O B.O, sob o número 2022.276860, foi feito no dia 6 de outubro, mas segundo o relato dele, o caso aconteceu no dia 19 de setembro. Já a ação no Juizado Especial Criminal tramita desde a última terça-feira (25).
Conforme relato de Boaventura, ele e a esposa estariam no elevador junto da vereadora, quando questionaram sobre barulhos vindos do apartamento dela após as 22h. Maysa teria respondido que eram pulos do filho no cômodo, mas que ele dormia sempre às 21h. Em seguida, o casal fez outras indagações a respeito do edifício, uma vez que o esposo da vereadora era síndico do local.
Conforme o idoso, ele reclamou sobre uma obra que ocorria há mais de 90 dias no elevador de serviço e que por duas vezes houve convocação de assembleias gerais para aumentar o valor do condomínio.
Ao sair do elevador, irritada, a vereadora teria elevado a voz e dito que o idoso era preconceituoso com seu filho autista. Ela ainda teria o acusado de ser um homem violento, que agredia a própria esposa e que ninguém no prédio o suportava em consequência dos anos que foi síndico.
Segundo relatado no B.O, toda a cena foi presenciada por uma administradora e uma faxineira do prédio. Por conta dessas acusações foi que o homem acionou a vereadora na Justiça.
No boletim de ocorrências, o idoso ainda relatou que durante a gestão da vereadora como síndica, antes do ocorrido no elevador, ele teria constatado diversas irregularidades no edifício, e que era ignorado quando cobrava.
Segundo afirmado por ele, algumas vezes, constatou que crianças ficavam sozinhas à noite no apartamento dela e tudo teria sido repassado ao porteiro do edificío.
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“Registro no livro de ocorrências não respondidas; invasão da minha garagem quando viajo, do conhecimento do atual síndico, marido da acusada; sujeira acumulada nas garagens; negligência sanitária do prédio e do seu jardim; e total falta de comunicação e desrespeito às demandas dos moradores”, disse no boletim.
A reportagem entrou em contato com a vereadora Maysa Leão e a assessoria da parlamentar retornou com a seguinte nota:
“Em relação registro de Boletim de Ocorrência contra a vereadora Maysa Leão, a parlamentar esclarece que:
1 – As informações fornecidas por Tomas de Aquino Silveira Boaventura, 72, não procedem e não ocorreram da forma como foi repassada por ele. Inclusive, as testemunhas arroladas pelo denunciante não confirmaram a versão dada por ele à Polícia Civil.
2 – Em relação ao dia do fato, a vereadora explica que o vizinho interfonou para o seu apartamento e a questionou sobre um barulho de “obra”, e Maysa relatou que o barulho vinha de outro apartamento.
Na sequência, Maysa entrou no elevador e acabou encontrando Tomas e sua esposa, que a questionaram sobre os barulhos que o filho dela, de 13 anos, que é autista estaria fazendo. A vizinha chegou a chamar a criança de doente, e afirmar que ele teria problema. Com isso, Maysa saiu em defesa do filho, mas em nenhum momento ofendeu ou agrediu os vizinhos físico ou verbalmente, e que a mesma é quem recebeu ameaças do tipo: “Isso não vai ficar assim”, Você vai se ver comigo”. Ela esclarece também, que o filho em nenhum momento fica sozinho e que tem o costume de dormir cedo.
3- Este morador já possui um histórico de desentendimentos no condomínio, tanto que a vereadora apresentou à polícia declarações de vizinhos, e de um ex-funcionário do prédio que foram verbalmente ofendidos por ele em outras ocasiões.
4 – Uma audiência de conciliação sobre o caso está marcada para o próximo dia 7 de dezembro.
5 – A vereadora afirma estar tranquila de que a verdade prevalecerá.”.
Fonte: Mídianews
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