Instalações Prediais de Águas Pluviais

A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e condução das águas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais.

O destino das águas pluviais pode ser:

– Escoamento superficial;

Infiltração no solo por meio de poço absorvente;

– Disposição na sarjeta da rua ou por tubulação enterrada no passeio; pelo sistema público, as águas pluviais chegam a um córrego ou rio.

– Cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água, para uso posterior.

 

As instalações de águas pluviais devem ser projetadas de modo a obedecer às seguintes exigências:

a) Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais.

b) Ser estanques.

c) Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação.

d) Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão submetidas.

e) Quando passivas de choques mecânicos, ser constituída de materiais resistentes a estes choques.

f) Nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes às intempéries.

g) Nos componentes em contato com outros materiais de construção, utilizar materiais compatíveis.

h) Não provocar ruídos excessivos.

i) Resistir às pressões a que podem estar sujeitas.

j) Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.

 

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GLOSSÁRIO (NBR 10844:1989)

NBR 10844:1989 – Esta Norma fixa as exigências necessárias aos projetos das instalações de drenagem de águas pluviais, visando a garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança, higiene, conforto, durabilidade e economia.

Altura pluviométrica: volume de água precipitada por unidade de área horizontal.

Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as águas para determinado ponto da instalação.

Caixa de areia: caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por deposição.

Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de destino.

Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinada a recolher e conduzir águas pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais.

Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a parte inferior do edifício.

Duração de precipitação: intervalo de tempo de referência para a determinação de intensidades pluviométricas.

Intensidade pluviométrica: quociente entre a altura pluviométrica precipitada num intervalo de tempo e este intervalo.

Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junta as paredes e ao fundo do condutor ou calha.

Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação, uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez.

Ralo: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais.

Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.

Tempo de concentração: intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um condutor ou calha.

Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas.

 

 

Soares de Lima Filho Engenheiro Civil, Diretor e Membro Titular do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – IBAPE/MT, atua na área de avaliações e pericias judiciais e extrajudiciais e vistorias em condomínios há mais de vinte anos, realizando trabalhos nas Comarcas da Capital e no interior de Mato Grosso.

 

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Palmiro Soares de Lima Filho

Engenheiro Civil, Diretor e Membro Titular do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – IBAPE/MT, atua na área de avaliações e pericias judiciais e extrajudiciais e vistorias em condomínios há mais de vinte anos, realizando trabalhos nas Comarcas da Capital e no interior de Mato Grosso.

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