Síndica Profissional afirma: crianças são quem melhor convivem em condomínios

crianças são quem melhor convivem em condomínios

A pandemia de covid-19, um terrível marco em nossa sociedade, gerou impactos em diferentes áreas da vida.

Alguns deles são óbvios: passamos a cuidar mais da higiene, valorizamos mais os médicos, profissionais da área da saúde em geral, percebemos como é enriquecedor podermos ter uma vida social. Já outras situações não ganharam notoriedade de forma tão ampla, mas, ainda assim, conquistaram um olhar “mais carinhoso” da sociedade, como é o caso do profissional que gere um condomínio, o tão conhecido: síndico.

E para abordar as mudanças que colaboraram para uma possível boa convivência nos condomínios durante a pandemia de covid-19 e, que, geraram boas práticas, fomos conversar com a bióloga, pedagoga e síndica profissional, Clarice Sanches, criadora da ação digital #chameAsindica para descobrirmos como a organização e boa gestão de um condomínio, impactam na vida de todos que vivem e trabalham em um.

“À medida que as autoridades foram informando as ações sanitárias durante os quase dois anos de pandemia, fomos comunicando as mudanças aos moradores. Fomos contextualizando as mudanças, mostrando que, as novas medidas estavam alinhadas com a busca por segurança. Foi nessa época, por conta de tantas polêmicas e dúvidas que as pessoas tinham, que criamos a ação ‘chameAsindica’. Dessa forma, pelas redes sociais, conseguimos ajudar diversos síndicos moradores que por inexperiência e/ou impossibilidade de atuar por conta da idade e condições de saúde, se viam “acuados” com tantas novidades e mudanças”.

Clarice que, além de síndica profissional, é terceirizada para gerir condomínios em que não é moradora, é professora, conta como essa formação a auxiliou na comunicação com as crianças, jovens e pais nos condomínios.

“Foi enlouquecedor para as crianças e jovens não poderem fazer uso de áreas que sempre fizeram parte, que sempre foram vistas como extensão de suas casas. Mas além dos filhos se sentirem privados, os pais também apresentavam aflição de estarem sempre no mesmo ambiente. E procuramos estar presente, procurávamos expor os decretos nos elevadores, nos corredores e, também sempre explicar didaticamente quando preciso que, aquelas medidas eram necessárias para o bem comum”.

A Síndica e Consultora, comenta ainda que, na verdade, as crianças, muitas vezes, entendiam as novas regras mais rapidamente que os adultos.

“O síndico teve e tem a autonomia de fazer o melhor para a sua comunidade. E com o tempo do isolamento se estendendo, algumas situações eram questionadas, mas ao contrário do que pensam, a comunicação fluía muito com as crianças. Percebíamos que elas se mostravam mais abertas a ouvir em algumas situações”.

Mas completa que muitos conflitos também surgiram com tantas mudanças na rotina das pessoas.

“Muitos questionamentos, dúvidas e solicitações vieram com a proibição do uso das áreas comuns nos condomínios. Mas os principais vieram mesmo no retorno das atividades nesses ambientes. Muitas crianças passaram a conviver somente com os pais durante o isolamento social, e dividir e criar vínculos com outras pessoas havia se tornado uma atividade complexa. Com isso, conflitos entre crianças, adolescentes e os pais aparecerem, e digo que ainda hoje, estamos reaprendendo a gerar conexões e a conviver após a pandemia”.

Clarice comenta também, que a pandemia trouxe com força o resgate de alguns valores e atividades.

“Com o impacto de ficar sem encontrar pessoas, sem ter uma vida social durante quase dois anos, muitas pessoas passaram a valorizar a convivência com os vizinhos. Passaram a frequentar pequenos eventos, reuniões em seus condomínios, passaram a enxergar que quando participamos de ações com nossa comunidade, colaboramos com ela. Seja um churrasco, uma pizzada, fazer os enfeites da árvore de natal, arrecadar doações em prol de alguma instituição, sempre digo, nossos vizinhos são as pessoas mais próximas a quem podemos recorrer”.

E para finalizar comenta que, na verdade, as crianças têm muito a nos ensinar em relação a sermos maleáveis e bons ouvintes.

“Sempre baseada no Regimento Interno do Condomínio, precisamos lembrar as pessoas algumas vezes, sobre as regras de convivência. E quem sempre são mais resistentes à algumas situações, são os adultos e em algumas vezes, adultos visitantes”.

“Por ser professora, prefiro sempre uma boa conversa, um acordo bem definido e claro, a começar pelas crianças. Em um dos condomínios que eu geria, tínhamos até uma síndica mirim, tão determinada. E ela, sem dúvida, me cobrou e me ensinou muito. Ela mostrava que as crianças e adolescentes não se importavam em seguir regras, se eles entendessem que aquelas regras eram para o bem comum”.

Quem é Clarice Sanches

Clarice Sanches é bióloga, pedagoga e atua como síndica profissional há 13 anos. Com sua experiência e especializações feitas ao longos dos anos, se destacou durante a pandemia de covid-19 por ajudar outros síndicos, funcionários de condomínios e moradores com suas indicações e insights em suas redes sociais oficiais.

Siga o Instagram @claricesanches ou a #chameAsindica e encontre todo o conteúdo e formações ofertadas pela profissional.

 

Fonte: Tem Londrina

 

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