Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (3) na Praça 8 de Abril, em Cuiabá, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo estimativas da organização, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato, que fez parte de uma mobilização nacional realizada simultaneamente em pelo menos 62 cidades brasileiras.
Com bandeiras do Brasil, camisas verde e amarela e cartazes com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao ministro Alexandre de Moraes e ao governo Lula (PT), os participantes defenderam o que chamam de “liberdade de expressão” e denunciaram uma “perseguição política” contra Bolsonaro e seus aliados. Também foram feitas falas contra a cassação de mandatos de parlamentares ligados ao bolsonarismo e contra decisões judiciais recentes envolvendo militares e políticos investigados por suposta tentativa de golpe de Estado.
A manifestação é uma reação ao avanço das investigações da Polícia Federal que, na última semana, culminaram na prisão do ex-assessor especial da Presidência Filipe Martins, e do ex-major do Exército Rafael Martins. Ambos são apontados como integrantes de uma suposta organização que teria atuado na elaboração de uma proposta de decreto para invalidar o resultado das eleições de 2022.
Além disso, o protesto acontece após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar o bloqueio das redes sociais de militares da reserva e a quebra de sigilo de aliados próximos do ex-presidente. A operação da PF foi considerada pelo grupo bolsonarista uma tentativa de “calar a oposição”.
Em Cuiabá, o movimento teve o apoio de deputados estaduais e federais ligados à direita mato-grossense, além de lideranças religiosas e empresariais. O ato transcorreu de forma pacífica e contou com esquema especial de segurança feito pela Polícia Militar e agentes da Semob, que bloquearam os arredores da praça para garantir a fluidez do evento.
Bolsonaro não participou presencialmente de nenhum dos atos deste domingo, por estar proibido de sair de casa nos finais de semana, mas acompanhou os manifestos em casa, por chamadas de vídeo.
Karine de Arruda/Da Redação
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