Milhares de manifestantes foram às ruas neste domingo (20) em diversas cidades do país em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e em protesto contra o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF). A insatisfação com o ministro Alexandre de Moraes, responsável por impor novas restrições a Bolsonaro, dominou os atos e deu o tom das manifestações.
Em Brasília, principal palco dos protestos, faixas e cartazes estampavam críticas diretas a Moraes, apontado como “violador de direitos humanos” e exigindo a “libertação dos presos políticos”, em referência aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Gritos como “fora, Moraes” e “Moraes na cadeia” ecoaram com força ao longo do dia.
O movimento ocorre dias após a decisão do ministro que impôs medidas cautelares a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados — inclusive seu filho, Eduardo Bolsonaro — e bloqueio do uso de redes sociais.
Durante o protesto em Brasília, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) discursou afirmando que o país vive “um momento de extrema dificuldade” e que é necessário “lutar pela liberdade” para evitar que o Brasil “vire a Venezuela”. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também esteve presente e declarou: “Estamos virando o jogo. O Brasil é nosso. Não à ditadura!”.
Além das críticas ao Judiciário e ao governo federal, os manifestantes levantaram bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos, de Israel e até do Brasil Império. Entre os gritos, também se destacaram apoios ao ex-presidente Donald Trump e frases como “meu visto jamais será cassado” — em alusão à recente revogação de vistos de ministros do STF por parte do governo americano.
As manifestações evidenciam um novo fôlego da direita brasileira diante do acirramento das tensões entre Bolsonaro, seus aliados e o Judiciário, colocando Alexandre de Moraes no centro da pressão popular.
Chris Cavalcante/Da Redação







