O Senado deve instalar, nos próximos dias, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar influenciadores digitais e plataformas que permitam ou incentivem conteúdos que sexualizem crianças e adolescentes. O pedido, que conta com a assinatura do senador Wellington Fagundes (PL-MT), já recebeu o apoio de 63 parlamentares — mais do que o mínimo necessário para abertura da investigação.
A proposta ganhou repercussão após as denúncias do influenciador Felca, que expôs casos de “adultização” de menores nas redes sociais. Desde então, ele afirma estar recebendo ameaças, o que levou Fagundes a defender proteção para quem denuncia esse tipo de crime.
“Lugar de abusador é na cadeia. Criança é para ser protegida, não explorada. Essa CPI vai para cima de todos que participam dessa rede de exploração”, afirmou o senador.
Os trabalhos da comissão devem incluir a apuração de perfis e canais suspeitos de exploração sexual infantil, a avaliação de políticas públicas de proteção à infância no meio digital e a cobrança de medidas mais rigorosas das autoridades competentes.
Para Fagundes, a investigação precisa começar imediatamente para punir culpados e impedir que as redes sociais se tornem espaço seguro para abusadores. “O medo tem que estar do lado de quem comete crimes contra nossas crianças, não de quem denuncia”, reforçou.
Chris Cavalcante/Da Redação







