Chris Cavalcante/Da Redação
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reagiu nesta quarta-feira (10) à ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. Em nota, Fávaro classificou a ação como “indecente” e afirmou que o governo brasileiro já está tomando medidas para minimizar os impactos ao agronegócio nacional.
“Já estamos agindo de forma proativa”, afirmou o ministro. Ele relatou ter feito contato com entidades dos setores mais afetados, como o de suco de laranja, carne bovina e café, para ampliar as estratégias de diversificação de mercados e abertura comercial.
A declaração de Trump, feita em carta para o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi vista com preocupação por diversos setores econômicos brasileiros, especialmente o agronegócio, que tem nos Estados Unidos um dos principais parceiros comerciais. O Brasil exporta ao país grandes volumes de produtos como café, carne e suco de laranja — justamente os segmentos citados por Fávaro.
Diante do cenário, o ministro afirmou que irá reforçar a busca por novos mercados consumidores, com foco no Oriente Médio, Sul Asiático e países do Sul Global. “São regiões com grande potencial consumidor e que podem ser alternativas viáveis para as exportações brasileiras”, destacou.
Fávaro também mencionou que o Itamaraty já está atuando diplomaticamente, com ações de reciprocidade, enquanto o Ministério da Agricultura continuará promovendo iniciativas para proteger o setor produtivo.
“Aqui é a casa da agropecuária brasileira. Estamos juntos e vamos superar este momento difícil”, concluiu o ministro.
A ameaça de tarifa elevada por parte dos Estados Unidos acontece em meio a um contexto geopolítico e de disputas comerciais internacionais. O governo brasileiro ainda não anunciou medidas oficiais de retaliação ou resposta formal, mas o tema deve ganhar espaço nas próximas agendas diplomáticas e comerciais do país.







