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A moradora acusada de antissemitismo por um vizinho de um condomínio no Corredor da Vitória, em Salvador, virou alvo de um inquérito instaurado pela Polícia Civil. A 1ª Delegacia Territorial, do bairro dos Barris, está apurando e vai ouvir os envolvidos. Raquel Hermida é acusada de injúria racial por Luciano Berensteis, após enviar, para um grupo com moradores do condomínio, um áudio em que aparece exaltada, ofendendo o vizinho e utilizando expressões discriminatória contra judeus.
O episódio aconteceu no dia 20 de outubro e foi desencadeado por uma discordância em relação a uma obra no condomínio. No áudio que era para ser enviado ao síndico do prédio, a moradora questiona uma intervenção que seria feita na garagem e que, segundo ela, atrapalharia a ventilação do local. Luciano, seu irmão e a cunhada – que também moram no prédio – eram a favor da obra.
“Eles esquecem que precisam de uma ventilação, porque realmente eles não deviam respirar para morrer rapidamente”, diz a mulher no áudio. Luciano entendeu o comentário como uma referência “perversa” ao sofrimento dos judeus quando eram colocados em câmaras de gás nos campos de concentração. No mesmo áudio, a moradora ainda faz uso da expressão “judeus usurário”, fazendo referência a um discurso preconceituoso usado historicamente para discriminar os judeus.
Ao Metro1, Luciano disse que, em seus 45 anos, nunca tinha recebido uma agressão tão explícita relacionada à sua religião e origem. De acordo com ele, até então, não existiam episódios de desentendimento entre ele e a vizinha, “o que ainda assim não justificaria as falas”.
“Minha avó veio fugida da guerra, deixou familiares mortos e se naturalizou brasileira. No Brasil ela encontrou a chance de vida, de renascer. É assustador porque estamos vendo que esse mesmo Brasil passou a hospedar pessoas com comportamento semelhante ao nazismo”, desabafou Luciano, destacando que ele e seu irmão optaram por não informar o nome do condomínio com medo de sofrerem retaliação.
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O vizinho afirmou que está elaborando uma ação judicial, pedindo reparação moral. Antes mesmo do boletim de ocorrência, ele teria tentado falar com a vizinha. De acordo com Luciano, ela teria se negado a atendê-lo e afirmou apenas que o áudio teria sido enviado para o grupo por engano.
Procurada pelo Metro1, Raquel se pronunciou, dizendo-se “injustiçada”. “Reconheço que a mensagem não foi agradável. Na hora, não pensei no que estava dizendo, mas expliquei que não tinha nada contra judeus. Tenho amigas judias de que gosto muito e que gostam bastante de mim. Só chamei eles de judeus porque realmente são judeus”, afirmou.
Fonte: Metro1
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