‘Poderia ter morrido’, conta porteiro agredido pelo síndico do prédio onde trabalha em BH

Idoso disse estar se recuperando, e recebe assistência médica

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Agredido pelo síndico do prédio onde trabalha do bairro Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, o porteiro Laesty Gomes da Silva, de 65 anos, prestou depoimento junto à Polícia Civil nesta terça-feira (27). Ele sofreu ferimentos no braço e na cabeça, e conversando com a reportagem da Itatiaia, chamou a agressão de “covardia”.

“Eu pedi pra ele me desligar, pra gente encerrar o contrato de trabalho, e ele havia me dito que só poderia cancelar esse contrato mediante eu devolver 40% da multa rescisória. Ele não aceitou as formas que eu pedi para ser mandado embora com todos os meus direito, e me disse que não poderia fazer isso porque o condomínio não ia me pagar os direitos trabalhistas“, explicou.

Quando Laesty questionou o síndico novamente, na última quinta-feira (22), o suspeito teria ignorado a argumentação, e logo partido para a violência. O homem foi identificado como Antônio Márcio Botelho, que é advogado e ex-presidente do Villa Nova. A ação foi flagrada por câmera de segurança.

“Ele disse que eu era uma pessoa complicada, difícil, e que o condomínio não ia me mandar embora com os direitos que estava reivindicando. Então eu disse que tudo bem, mas ele não entendeu e partiu para a agressão. Jogou a pasta no chão, tirou o paletó e partiu para cima de mim”, completou.

Laesty contou que está bem, sendo acompanhado por médicos. Relembrando o caso, ele afirma que poderia ter morrido, já que o síndico teria tentado jogá-lo de uma escada.

“Se eu caísse dessa escada, fatalmente teria morrido, porque é uma escada longa. Na primeiro agressão, consegui fugir das escadas e me apoiei na parede. Na segunda agressão, ele bateu minha cabeça na parede e fiquei desacordado. Só vi um casal chegando no elevador e impedindo que ele continuasse”, relembrou.

O idoso disse ainda nunca ter passado por qualquer situação parecida, e enfatizou que “ninguém poderia fazer isso com ninguém”. “Ele, nas condições de advogado conceituado, um empresário, deveria ter pensado direito por fazer isso principalmente contra um idoso como eu”, disse.

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Em nota, a defesa do síndico afirmou que “a versão relatada à polícia e à imprensa é inverídica”. Leia o comunicado na íntegra:

“Considerando a acusação de agressão a porteiro de condomínio na região Sul de Belo Horizonte, a defesa esclarece que a versão relatada à polícia e à imprensa é inverídica. O advogado Romeu Rodrigues pondera que o porteiro é investigado por suposta prática de crime de abuso sexual no condomínio.

Durante o procedimento de investigação interna realizado pelo condomínio, a respeito da denúncia de prática de crime de abuso sexual, o funcionário criou um factóide que culminou com a suposta agressão noticiada.

A iniciativa tem o deliberado propósito de furtar-se a eventual responsabilidade trabalhista (uma possível justa causa) e, ainda, busca colocar em segundo plano as apurações a respeito da denúncia de abuso sexual que pesa em seu desfavor.”

 

Fonte: Itatiaia

 

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