A Justiça do Distrito Federal condenou o personal e professor de educação física que agrediu com um soco o síndico de um prédio em Águas Claras . Henrique Paulo Sampaio, de 49 anos, foi condenado a cumprir pena em regime aberto de dois anos, nove meses e dez dias de prisão e pagar R$ 5 mil pelos gastos médicos da vítima, Wahby Khalil, de 41 anos.
A decisão é da 2ª Vara Criminal de Águas Claras e está assinada pelo juiz Gilmar Rodrigues, que aceitou a denúncia do Ministério Público de lesão corporal grave. Na sentença, o magistrado argumentou que os motivos do crime são fúteis, tendo em vista que a prova é clara “que o acusado agrediu a vítima somente por conta de uma discussão acerca de um saco de boxe”. O g1 tenta contato com a defesa do acusado.
“É com muita satisfação que recebo a decisão da Justiça de tornar o meu agressor réu e ele ser punido. É uma vitória para mim e para todas as pessoas do Brasil, de Brasília, que aguardaram ansiosas pelo desfecho desse caso”, disse Wahby.
O caso ocorreu no dia 17 de março de 2022. Imagens de câmera de segurança registaram o momento em que o síndico do prédio, de camisa rosa, conversava com o personal trainer, de camisa preta. Um funcionário do prédio, também de preto, estava presente.
Os dois discutiam sobre o saco de boxe colocado na academia do condomínio pelo personal trainer. Em um determinado momento, o morador ameaçou bater em Wahby, que colocou o braço na frente para impedir a agressão.
No entanto, em seguida, o personal trainer deu um soco no síndico, que caiu no chão e bateu a cabeça na quina da esteira ( veja vídeo ). As imagens mostram que, mesmo com Wahby caído, o morador parece continuar com as ameaças.
A vítima foi levada para um hospital particular de Brasília e, por volta das 21h, foi encaminhado para a UTI. Antes disso, Khalil contou que o desentendimento começou porque o saco de boxe estaria danificando o teto da academia.
“Eu falei que ia levar para assembleia, ou tirar o saco, ou mudar de lugar”, disse o síndico, a uma amiga, por mensagem de WhatsApp.
À época, Jean Ferreira, funcionário que também aparece nas imagens, contou que por pouco não foi agredido pelo personal trainer.
“Eu fui tentar ajudar e ele disse ‘sai daqui se não vou te arrebentar na porrada’. Eu sai pela porta, dei a volta para entrar na outra porta, só que ele não deixou eu entrar também”, afirma.
Fonte: G1
