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O promotor de Justiça Rodolfo Strazzi Arcangelo Pereira apresentou na 1ª Vara Criminal de Rio Preto, na sexta-feira, 24, a denúncia contra o síndico Emerson Ricardo Fiamenghi acusado de matar com um soco o advogado Celso Wanzo, em uma briga no dia 12 de fevereiro de 2022. Caso a juíza Luciana Cochito aceite, o réu poderá ser julgado pelo Tribunal do Júri pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe.
O MP também denunciou Emerson por lesão corporal contra João Henrique Gonçalves Batista, amigo de Celso, que também teria sido agredido pelo síndico durante a briga.
A denúncia do MP foi apresentada após a Procuradoria de Justiça do Estado se manifestar favorável a qualificar Emerson pelo crime de homicídio qualificado por motivação torpe, contrário ao entendimento anterior, feito pelo promotor de Justiça, Evandro Ornellas, que, na época, respondia pelo caso.
Para o promotor Rodolfo, o síndico agiu com dolo eventual, por motivo torpe, motivado por vingança de desentendimentos anteriores, com relação a brigas em reuniões do condomínio. Segundo a denúncia do MP, Emerson teria gritado “advogadinho sem mundial, desça que vou te matar”, dentre outras ofensas, ditas antes da agressão física.
O crime aconteceu logo após a derrota do Palmeiras no Mundial Interclubes. O síndico, torcedor do Corinthians, chamou para a briga o advogado palmeirense. A briga ocorreu na calçada da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, na frente do condomínio do prédio, onde o agressor e vítima moravam. Após levar um soco desferido por Emerson, Celso desmaiou, ficou dois dias internado e morreu três dias depois em decorrência da agressão sofrida, segundo resultado do laudo de necropsia.
A denúncia será analisada nos próximos dias pela juíza da 1ª Vara Criminal de Rio Preto, Luciana Cochito. Para Alex Cheiddi, advogado da família, a denúncia está dentro do que esperava, porque o ato cometido por Emerson seria um crime hediondo.
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“Ele chamou o Celso por várias vezes para a briga e desferiu um soco que causou sua morte. Tudo por um motivo fútil. Espero que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri e seja punido de forma exemplar”, diz.
O advogado de defesa do síndico, Rogério Cury, lamenta a denúncia oferecida, pois, na sua opinião, ela é contrária a prova dos autos. “Ademais, também há contrariedade à posição dos tribunais a respeito do tema, aguardando assim com serenidade a análise do caso pelo Poder Judiciário”, finaliza.
Fonte: Diário da Região
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