Manutenção e inspeção das instalações de gás do condomínio

Cuidados extras ajudam a manter a segurança do seu condomínio

Inspecionar o sistema de gás do condomínio é obrigatório apenas quando o local está renovando o seu AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). Nesse momento, o Corpo de Bombeiros pede um atestado, de um engenheiro, com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), indicando que está tudo dentro da norma ABNT NBR 15.526/2012 (versão corrigida: 2016).

Mesmo sem a obrigação de fazer um check up anual no sistema de gás, muitos síndicos tomam essa iniciativa buscando cercar o condomínio de segurança. Importante frisar que a empresa contratada deve ser especializada em efetuar esse tipo de serviço.

 Veja como é executada a inspeção completa:

  • Primeiro é feita uma vistoria visual das instalações. Assim, dá para saber se o encanamento está em boas condições ou se vai precisar de reparos.

 

 

  • Depois a central de gás (onde não há gás encanado) é observada. O local deve contar com placas e ser gradeado. Também não deve haver ralos a menos de 1,5 m dos botijões  para evitar que, em caso de vazamento, o gás ‘escape’ por ali.
  • Na sequência, pode-se usar equipamentos eletrônicos que detectem vazamentos de gás, inclusive de tubulações embutidas em paredes.
  • Também deve ser observado se o encanamento de gás não está demasiadamente perto de emendas e dispositivos das instalações elétricas, que podem provocar faísca.

“Alguns residenciais têm apostado em fazer o encanamento externo, na fachada. É uma alternativa segura”, avalia Zeferino Velloso, diretor da VIP, empresa de engenharia especializada em inspeções prediais.

Cuidando da tubulação

Há casos de condomínios com instalações com mais de 15 anos de uso. Nesses locais é comum encontrar problemas de ventilação inadequada, ferrugem, vazamento de gás, falta de válvulas de bloqueio manual para manutenção, falta de extintores próximos aos abrigos, inexistência ou deterioração da pintura da tubulação aparente, falta de tratamento anticorrosivo das tubulações enterradas e existência de vedante vegetal.

 

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Vale dizer que tubulações mais antigas (e comuns, até hoje) são de ferro galvanizado. Caso seja necessária a troca da tubulação, o ideal é fazer a substituição toda por peças de cobre, que são muito mais duradouras – apesar de mais caras.

“Ao trocar apenas algumas peças, pode acelera o processo de corrosão das peças antigas”, ensina Velloso, da VIP. Uma alternativa aos tubos de cobre são aqueles de polietileno.

Cuidados extras

Para a especialista em condomínios Rosely Schwartz é de suma importância que as empresas forneçam aos condomínios, quando forem executar um serviço desse tipo, um laudo em conformidade com as normas da ABNT e das regras do Corpo de Bombeiro e da legislação local.

 

 

“Não se pode aceitar um laudo como ‘sistema ok’. Nele, deve-se discriminar quais locais foram vistoriados, se os ramais, se a central de gás ou ambos. Também se deve expedir uma ART. Dessa forma, o síndico fica protegido e tem com quem dividir a responsabilidade no caso de alguma eventualidade”, argumenta.

Também é importante que os moradores respeitem a validade da válvula que vai do botijão até o fogão. E, é vital que os moradores sempre se atentem quando sentirem cheiro de gás. É fundamental, nesses casos, avisar ao zelador e pedir uma inspeção urgente de empresas especializadas.

Hubert Gebara, vice-presidente de condomínios do Secovi-SP, Ricardo Gonçalves, consultor de engenharia, avaliação predial e perícia, Nilson Merlini, diretor da Merlini engenharia, Nilton Savieto, síndico profissional, Rosely Schwartz, especialista em condomínios e professora do curso de administração condominial da EPD (Escola Paulista de Direito) e Zeferino Velloso, diretor da VIP, empresa de inspeções prediais.

 

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