Jovem é presa por suspeita de injúria racial, em Curitiba; ‘Chega de racistas, chega de racismo’, diz vítima

Jovem é presa por suspeita de injúria racial, em Curitiba

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Uma jovem de 18 anos foi presa suspeita de injúria racial contra uma vizinha no fim de semana. O caso ocorreu em um condomínio de Curitiba. Tudo aconteceu nos corredores do prédio onde a vítima, a pedagoga Katiussia Graziella da Silva, mãe de dois filhos, mora com a família há 7 anos.

A câmera de celular registrou o momento em que as duas vizinhas se encontram na garagem do condomínio. Primeiro gritaria e confusão. Aos berros a jovem, que acabou de completar 18 anos, chama a pedagoga de “preta encardida”.

No vídeo, a vizinha aparece prosseguindo com as ofensas, desta vez contra o filho de 15 anos da pedagoga. “Grava, faz o que você quiser. Tira esse filho veado de perto de mim”, afirma a vizinha.

As duas vizinhas começaram a brigar. À RPC, a pedagoga afirma que naquele momento, perdeu a dignidade, e revidou. A polícia foi chamada e a jovem foi presa por injúria racial – crime sem direito a fiança. Ela passou duas noites na prisão e foi liberada na manhã desta segunda, após audiência de custódia.

“Eu estou defendendo a minha raça, e é assim que tem que ser. […] Eu acostumei, eu cresci tendo que ficar quieta, deixar passar, deixar passar. Mas nesse nível que está chegando, tá ficando difícil… “, afirmou a pedagoga nesta segunda-feira (14) à RPC.

A Polícia Civil informou, em nota, que a suspeita foi autuada por injúria racial sem direito à fiança.

Na tarde desta segunda, a RPC procurou a jovem no condomínio, mas ela preferiu não gravar entrevistas nem conversar com a equipe. A reportagem não conseguiu contato com a defesa da suspeita.

“Sou preta, sim, meus avós são africanos, e eu vou até o fim. Pela segurança dos meus filhos, da minha, e da minha família. Chega. Chega de racistas, chega de racismo, chega”, afirmou a pedagoga.

Câmeras flagraram vizinha cuspindo na cara da pedagoga

Injúria racial foi gravada por câmera de celular
Foto: Reprodução

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A pedagoga afirma que já são meses de insultos, que começaram por causa de um desentendimento entre crianças, no parquinho do prédio.

A confusão entre o filho mais novo da pedagoga e o primo da jovem suspeita de racismo foi no ano passado. Katiussia teria discutido com a jovem e com uma tia dela. De lá pra cá, segundo a pedagoga, foram vários episódios de injúria racial.

Em setembro, as câmeras de segurança do condomínio flagraram o momento em que a jovem cospe no rosto da pedagoga e depois dá vários tapas e socos violentos. No vídeo, ela também agride o marido de Katiussia.

Assista o Vídeo!

“Isso já é para deixar uma pessoa humilhada mesmo, cuspir na face de uma pessoa… Nós já estamos no século 21. Precisa acabar com essa cultura de: ‘Ah, vamos chamar de preto’ e ninguém… sabe? Alguém tem que, os pretos, todos… têm que ir denunciar, porque uma hora isso vai ter que acabar”, disse chorando a pedagoga.

Fonte: G1

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