Inspirada na mãe, bauruense transformou atividade de síndica em profissão

Inspirada na mãe, bauruense transformou atividade de síndica em profissão

Você sabe o nome e o contato do seu síndico? Em alguns lugares, encontrar e conversar com o representante dos moradores pode ser um desafio. Foi com esse pensamento que Juliana Tiritan começou o trabalho como síndica.

Ela define seu escritório como qualquer ambiente do prédio, por estar em constante movimento, seja atendendo moradores, orientando funcionários, assinando documentos ou realizando alguma atividade. Ou seja, a ideia é ser mais presente e ativa no dia a dia.

“Não quero ficar em uma sala atendendo o telefone, e sim estar disponível aos moradores. Eu gosto de estar no meio deles, ouvindo, pedindo opiniões e combinando formas de melhorar o prédio”, enfatiza.

Para Tiritan, ser síndica envolve tanto as obrigações legais do condomínio e organização do orçamento, quanto vistoriar o ambiente comum para checar reparos, desde comprar material de limpeza a trocar uma lâmpada.

Por isso, ela denomina o serviço como “síndica residencial”, pensando em uma mistura do trabalho profissional com o serviço de alguém com a mesma preocupação de um morador.

De acordo com Juliana, isso significa uma rotina mais próxima dos condôminos, com capacidade para se comunicar e habilidade para organizar melhorias nos espaços. “Eu pensei em um novo nome para o meu serviço, porque muitos me elogiam como um trabalho diferenciado. Eu sou muito dedicada e apaixonada pelo que faço”, resume.

Três características da síndica residencial

Três características da síndica residencial

Em resumo, o trabalho de síndica residencial como o de Juliana deve ter três características: proximidade, comunicação e organização.

Assim como estar à disposição dos moradores, a proximidade envolve também o “colocar a mão na massa”, como ela resume. Dessa forma, Juliana já chegou a ela mesmo pintar alguns ambientes, ajudar na jardinagem e organizar os espaços em comum, para economizar em mão de obra.

Além disso, estar presente significa resolver rapidamente qualquer problema. “Já aconteceu do portão eletrônico quebrar 1h, e eu corri para cuidar da entrada até virem consertar, já que aqui não tem porteiro. Quando é assim, onde eu estiver, eu dou um jeito de aparecer ou de chamar alguém para ajudar”, exemplifica.

á a comunicação indica estar à disposição e a habilidade de lidar com os moradores. Como a escolha do síndico é por eleição, a função é ser um representante de todos, por isso, é essencial compreender as dificuldades, estar aberta a diferentes opiniões e saber resolver conflitos.

Por fim, é preciso ter a capacidade de organização para usar bem os recursos, principalmente se for um local de menor orçamento. Somado à administração do caixa, o trabalho de Juliana envolve combinações com os moradores para realizar melhorias no prédio.

“Sempre procuro uma saída para cuidar do condomínio”, diz, contando como motivar os moradores a contribuir também é uma atividade importante para cuidar dos espaços. “Eu peço sugestões, passo avisos o tempo todo, junto dinheiro, incentivo a economizar e crio formas de arrecadação”.

Síndica como trabalho

Síndica como trabalho

Além do condomínio em que mora, Tiritan assumiu o comando de outro empreendimento, que deve ser entregue em breve, mas já exige dela participação em assembleias e contato com moradores.

Dessa forma, Juliana transformou a atividade em um trabalho, que envolve as funções tradicionais em defesa do patrimônio e interesses do local – por exemplo, evitar inadimplência, cuidar da segurança, manter as contas em dia e comandar reuniões – e as três características de síndica residencial.

Agora, ela já começa o trabalho de expandir o serviço a outros condomínios. Para contratá-la como síndica, é só entrar em contato no @sindica_residencial ou pelo contato (14) 99754-8923.

Inspiração da mãe

Inspiração da mãe

Antes de iniciar o trabalho de síndica, Juliana pensou em ser pedagoga. Entretanto, enquanto estava na faculdade e estagiava em uma creche, ela perdeu o interesse. De cuidar de crianças, passou a cuidar de moradores por influência da mãe, síndica por 22 anos.

Tiritan cresceu vendo a mãe resolvendo os problemas do condomínio. “Onde ela ia, eu estava atrás. Na sala de casa, metade da mesa era papéis de balancetes. Eu achava interessante”, relembra, sem esquecer dos detalhes. “E também lembro dela sempre conversando com os moradores e de como o pessoal gostava de alguém presente. Ela nunca perdeu uma eleição”.

Quando se mudou com o esposo, a mãe sugeriu que ela tentasse ser síndica. Juliana foi eleita em 2019 contra sete profissionais, trouxe o aprendizado da mãe, começou a aplicar o trabalho dedicado, foi reeleita ano passado e enxergou a atividade como uma profissão.

Importância de um bom ambiente

Importância de um bom ambiente

Um dos motivos para virar síndica foi pensar em como um bom trabalho pode ajudar o condomínio. “Se não tem uma administração correta, os problemas viram uma bola de neve e deixam o local com dívidas e mal cuidado. Corre o risco de desvalorizar, explica Juliana, considerando como, às vezes, as pessoas se preocupam apenas com o apartamento quando compram um imóvel. Para ela, é importante estar atento também a outras áreas.

Ou seja, uma gestão ruim pode prejudicar o dia a dia e reduzir o valor do imóvel. Por isso, o morador deve se preocupar em quem vai ficar responsável pelo controle do valor arrecadado com a taxa de condomínio.

“Você paga a taxa para ter um lugar legal! Tem locais que você entra, e fica triste com a situação. Quando tem uma boa administração, faz toda a diferença. E todo mundo quer morar num bom lugar”, finaliza.

 

Fonte: Social Bauru

 

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