A empresária e influenciadora Gabriella Camello, de 29 anos, afirma que o zelador do prédio onde mora invadiu seu apartamento e a acordou se masturbando na frente da cama. O homem tinha a cópia da chave da casa.
Imagens de uma câmera de segurança do prédio mostram o zelador se masturbando ao chegar, pela escada, ao corredor do andar da mulher. Gabriella disse que na sequência ele entrou na casa dela.
O que diz a vítima
Segundo Gabriella, o caso foi na véspera do Natal. O funcionário foi demitido esta semana, só depois que ela expôs o constrangimento em suas redes sociais.
Gabriella contou que logo depois o zelador mandou uma mensagem no telefone dizendo que tinha entrado no apartamento para deixar uma encomenda.
“Ele tinha a chave como tinha de todos os outros. Disso que tocou a campainha, e como ninguém atendeu, ele resolveu entrar. Eram 7h30 de um sábado”, narrou.
Transtornos após o episódio
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Gabriella procurou a Delegacia da Mulher do Centro, mas disse que não se sentiu acolhida. “Era meu advogado conversando com ela [policial civil], e ela perguntou para ele: ‘Ela não fala português não?’ Eu me senti sendo questionada o tempo todo”, lembrou.
O caso acabou sendo registrado na Delegacia de Copacabana. Alguns dias depois, a Justiça concedeu uma medida cautelar, determinando que o suspeito não se aproximasse de Gabriella — mas foi negado o pedido da defesa de proibir o zelador de entrar no prédio.
O funcionário continuou trabalhando normalmente, e a influenciadora levou um susto quando cruzou com ele. “Eu me senti desamparada”, disse. Segundo a empresária, o síndico do prédio disse que não poderia afastar o funcionário “assim, de repente” e que ele chegou a rir quando soube do que tinha acontecido.
Gabriella, então, contou o episódio nas redes sociais. “Só depois de ter feito esse vídeo, um dia depois o síndico demite o zelador. Só depois da repercussão”, afirmou.
O que dizem as autoridades
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado, e as investigações estão sob sigilo. Em relação ao atendimento de Gabriella na Delegacia de Atendimento à Mulher, a polícia disse que o tratamento que ela recebeu não é a metodologia de atendimento que é orientada às delegacias e que os fatos serão apurados.
O Tribunal de Justiça disse que determinou a medida cautelar porque a vítima estava na casa dos pais e não mora onde teriam acontecido os fatos. Em relação ao afastamento do funcionário, o TJ afirmou que a decisão cabe à administração do condomínio. O RJ1 não conseguiu contato com o zelador. O síndico não quis gravar entrevista.
Fonte: Correio do Povo
