Iluminação de emergência deve atender a NBR 10.898

O bom sistema precisa garantir a evacuação das áreas em risco e clarear os ambientes na passagem horizontal e vertical.


A iluminação de emergência contra incêndio deve atender à NBR-10.898, que deixa explicado exatamente quais são os tipos de iluminação existentes e como eles devem ser instalados/organizados nos seus devidos ambientes. De maneira geral, a iluminação de emergência pode ser dividida em dois tipos:

  • Iluminação de Aclaramento: que deve fornecer luz para piso em áreas com e sem obstáculos.
  • Iluminação de Balizamento: que deve garantir uma rota de fuga iluminada.

Um projeto bem definido é o início para a elaboração do sistema. Os parâmetros necessários para o desenvolvimento do projeto, assim como as diretrizes básicas para instalação dos equipamentos especificados, estão detalhados na norma ABNT NBR 10.898:2013 – Sistema de iluminação de emergência.

No projeto, deve também estar previsto a boa qualidade dos equipamentos. O sistema de iluminação de emergência pode ser composto por blocos ou ainda por módulos autônomos, atualmente mais utilizados pela fácil instalação, contendo lâmpadas fluorescentes, dicroicas ou LEDs. Há também as centrais de iluminação de emergência e luminárias, compostas pelos mesmos tipos de lâmpadas e com tensão máxima de 30 volts – nesse caso, existe a necessidade de distribuir os circuitos em eletrodutos galvanizados, independentes daqueles utilizados na iluminação convencional e, também, de compor as luminárias para balizamento e rota de fuga, lembrando que a variação da intensidade de iluminação deve respeitar as limitações da visão humana, em referência ao tempo de adaptação dos olhos.

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INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO

Após concluídos as etapas de projeto e aprovação, o próximo passo é a instalação dos equipamentos. A ABNT NBR 10.898:2013 define claramente as necessidades de cada tipo de sistema. Os blocos autônomos são dispostos nos pontos determinados e alimentados pelo circuito designado como ‘vigia’, com a tensão 110V ou 220V para manter a bateria em carga e flutuação. Na falta da energia local, os blocos autônomos entram em funcionamento iluminando o ambiente.

A manutenção dos dois sistemas é indicada pelo fabricante, sendo que geralmente há a necessidade de realizar uma descarga total das baterias e testes regulares periodicamente. Assim, verificam-se as cargas das baterias e se há fonte de luz (lâmpadas ou LEDs) queimadas. É importante observar também que, caso seja observado que o tempo de funcionamento é inferior a uma hora, torna-se necessária a substituição ou reparo do equipamento.

Para garantir um processo mais eficiente e seguro, é de bom grado optar sempre por um profissional qualificado da área de projetos que se preocupe em elaborá-los fundamentado na norma, especificando produtos de qualidade. Outras questões que devem ser levadas em conta são: a contratação de empresas instaladoras que ofereçam garantia de serviço e a aquisição de produtos confiáveis através de indústrias que disponibilizam equipamentos que atendam as necessidades de projeto e que estejam em conformidades aos detalhes da norma e certificações recomendadas.

Cuiabá-MT, 18-02-2019

PALMIRO SOARES DE LIMA FILHO É ENGENHEIRO CIVIL, COLUNISTA NO SITE sindicolegal.com, DIRETOR E MEMBRO TITULAR DO IBAPE-MT (INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA), ESPECIALISTA NA ÁREA DE AVALIAÇÕES E INSPEÇÃO PREDIAL, ATUA NA ÁREA DE PERÍCIAS JUDICIAIS, EXTRAJUDICIAIS E ENGENHARIA DIAGNÓSTICA, ELABORA LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL (LIP) EM CONDOMÍNIOS.


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