Escândalo em administradora de condomínio envolve rombo de R$30 milhões e chama atenção para transparência financeira

Escândalo em administradora de condomínio envolve rombo de R$30 milhões e chama atenção para transparência financeira

Um rombo de R$ 30 milhões em 43 condomínios de São Paulo está dando o que falar e não é para menos. A administradora Fort House é acusada de sumir com o valor da conta conjunta usada para o manejo dos condomínios e o sócio administrador e diretor da empresa, João Carlos Caporicci, admitiu o erro em carta aos síndicos. Diante do cenário, moradores e síndicos de todo o Brasil se veem preocupados com contas pool (em que as receitas oriundas de taxas condominiais são gerenciadas em uma única conta “compartilhada” que a administradora faz a gestão) e sem saber o que fazer quanto à segurança financeira.

O ocorrido é um alerta e, para Marcus Nobre, CEO da uCondo, plataforma de gestão de condomínios com mais de 3 mil condomínios em todo o Brasil, esse é o momento de regularizar toda a documentação do condomínio e viabilizar a abertura de contas individuais para uma gestão mais transparente.

“Normalmente, o condomínio recorre ao uso de conta pool por pendências de documentos.  É o caso de ata de eleição de síndico sem a lista de presença assinada por todos os participantes e registrado em cartório. Ou até mesmo por um pedido da administradora, para que alguns processos sejam realizados de forma automática, como pagamentos de despesas. Hoje, já existem bancos especializados em abertura de contas de condomínio, inclusive a uCondo ajuda nossos clientes — administradoras e síndicos — neste processo, entretanto vemos uma negligência na busca de regularização dos documentos para que a conta seja aberta conforme as normas do Banco Central”, ressalta, recomendando que cada condomínio tenha autonomia com sua própria conta ou conjunto de informações e que os moradores possam acompanhar tudo em tempo real, como ocorre na uCondo, que concilia os dados do banco, trazendo mais transparência.

Embora pareçam práticas para as administradoras, uma vez que com uma só conta conseguem fazer as movimentações de todos os condomínios que administram, as contas pool impedem que os síndicos e moradores tenham um real acompanhamento financeiro do seu condomínio. Isso ocorre uma vez que os síndicos não podem ver a movimentação completa, já que fere a LGPD com acesso a dados de outros condomínios.

A uCondo fechou uma parceria com o Banco Inter, que ajuda cada síndico a abrir a conta do condomínio gratuitamente, da qual ele se torna o responsável legal pela conta, liberando acesso apenas de backoffice para as administradoras. Dessa forma, possíveis golpes e rombos como o ocorrido têm menos chance de ocorrer.

A gestão de condomínios nem sempre é levada a sério, alguns agem como se fosse algo trivial do dia a dia, mas o caso mostra que a administração deve ser feita como ocorre em uma empresa e com todos os profissionais e soluções especializadas necessários para tal. Afinal, há manutenções, custos com funcionários, contas mensais e também reserva financeira para eventuais emergências.

Assim como nas grandes empresas, condomínios demandam transparência financeira. Desde o início do ano, o mundo inteiro acompanhou o rombo das Americanas, e, em sua devida proporção, o caso é muito similar onde os envolvidos tiveram acesso limitado às movimentações bancárias e financeiras.

Desde a criação da uCondo, plataforma que contempla toda a jornada de gestão de condomínios, a startup priorizou a transparência financeira. Todos os moradores de um condomínio são capazes de conferir o saldo, depósitos, pagamentos de funcionários, gastos extras e qualquer movimentação, tudo em tempo real, para que todos os envolvidos possam ter a segurança que merecem. Não à toa, em 2022, a uCondo registrou número recorde de novos usuários, atingindo 3 mil condomínios e mais de 250 mil moradores, além de transacionar mais de R$ 350 milhões em taxas condominiais em todo Brasil.

 

Fonte: Com vc Portal