A ocupação de uma área pública de propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), no Setor de Mansões Lago Norte, Mi 10, conjunto 1, chácara 250/251, virou caso de Justiça envolvendo um grupo de residentes dos lotes irregulares e a associação de moradores do condomínio ilegal.
Um grupo de moradores do Residencial Vale dos Ipês denuncia que, apesar de terem conhecimento de que vivem em uma área pública pertencente à Terracap, residem em um condomínio do qual dizem não possuir rua pavimentada, saneamento básico, água encanada ou coleta de lixo e sem acesso aos serviços de correspondência.
Segundo eles, a Associação de Moradores do Condomínio Residencial Vale dos Ipês cobra dos moradores um condomínio mensal de R$ 347 de cada imóvel pelos serviços de infraestrutura e manutenção do residencial.
A reportagem teve acesso à conta de condomínio do proprietário de uma casa do local referente ao mês de maio deste ano. No documento, consta que ele já acumula mais de R$ 16 mil de cobranças mensais em aberto com a associação.
Um outro morador do local, que prefere não identificar, disse que os problemas com a atual gestão da associação começaram por volta de 2019. Ele alega que a associação força os residentes a se vincularem ao suposto condomínio, visto o risco de não terem fornecimento de serviços públicos, como água e energia.
“A presidente dessa associação, Edelsa José Toledo Barbalho, vende água e força as pessoas a comprarem. Além disso, ela também fechou a área pública com um portão eletrônico, o que impede a chegada de outros serviços. Por conta desse portão, ela alega que vivemos em um condomínio e que devemos pagar uma taxa pela segurança também”, diz o morador.
Segundo ele, os moradores que deixam de pagar as taxas são colocados na Justiça com a justificativa de que estão inadimplentes com o condomínio. “Se a gente vive em uma ocupação irregular de área pública, como que estamos devendo pra um condomínio que é ilegal?”, indaga.
Fonte: Metrópoles
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