Carrefour faz aposta em loja autônoma em condomínios

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Até pouco tempo atrás, um supermercado no qual o consumidor pudesse entrar, fazer a compra, pagar por meio de aplicativo e sair sem contato com absolutamente nenhum ser humano era visto como uma “loja do futuro”.

Mas essa já é a grande aposta do presente do Carrefour no segmento de conveniência. O plano da maior varejista de alimentos e bebidas do país para este ano é acelerar a abertura de lojas autônomas em condomínios residenciais em relação à expansão dos pontos convencionais com a bandeira Express.

“Na divisão Express, esse modelo vai ser mais acelerado do que o outro modelo de loja de conveniência”, afirma o diretor de Proximidade da varejista, João Gravata. Ele não revela os valores que serão investidos nem quantas lojas serão abertas.

Mas confirma que a prioridade de inaugurações das lojas autônomas será na Grande São Paulo. “O nosso mapeamento indica que temos um bom espaço para ocupar nessa região.”

É um modelo que já vem sendo explorado pela concorrência. O Hirota, rede local do setor de supermercados, por exemplo, estreou no segmento de loja autônoma em condomínios residenciais em julho de 2020.

Hoje, a rede tem 70 unidades em operação. Neste ano, serão abertos mais 52 pontos. “Esse segmento será o nosso foco em 2022”, afirma Helio Freddi, diretor da rede, confirmando a tendência.

No Carrefour, o projeto de lojas autônomas começou a ser desenhado antes do início da pandemia de Covid-19. Com tecnologia nacional desenvolvida pela própria empresa, o projeto da primeira loja do tipo recebeu sinal verde em 2020.

Originalmente, o plano era instalar esses espaços em ambientes corporativos. Com a crise sanitária e a explosão do home office, o plano foi modificado. Passou a ser voltado para condomínios residenciais, já que as pessoas não estavam saindo de casa.

As duas primeiras lojas autônomas foram abertas em dezembro de 2020: uma em condomínio residencial e outra num espaço de coworking. “A grande oportunidade veio com a pandemia e o isolamento social”, diz Gravata.

Ele explica que, no momento, a empresa está refinando o modelo. Hoje são 14 lojas autônomas em funcionamento a metade inaugurada há apenas um mês. Do total, 12 estão em condomínios residenciais de apartamentos e casas.

Os primeiros resultados mostram que se trata de um negócio promissor. Pelo tamanho reduzido, de 15 a 50 metros quadrados, o investimento numa loja autônoma chega a ser um décimo do gasto numa loja convencional Express situada na rua.

E o valor médio das vendas da loja autônoma se equipara ao de uma unidade Express em bairros residenciais, conta o executivo. Hoje, o grupo tem 131 lojas Express do tipo tradicional.

Potencial

Para o consultor de varejo Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, é razoável o Carrefour acelerar mais a expansão do modelo autônomo em relação às lojas tradicionais de conveniência porque esse segmento de mercado é praticamente inexplorado. “Há poucos players e é um negócio a ser desbravado.”

Gravata, do Carrefour, lembra que antes de empresas estruturadas como as grandes redes, algumas startups tinham lojas autônomas no país.

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No exterior, uma das primeiras experiências do modelo foi a Amazon Go, que utiliza uma tecnologia diferente da usada no Carrefour, com várias câmeras instaladas na área interna.

Na visão de Foganholo, a pandemia acelerou o avanço das lojas de hiperconveniência, perto das residências ou até mesmo instaladas dentro de condomínios. Elas funcionam 24 horas, com boa oferta de pratos prontos, alimentos frescos e itens que resolvem casos de emergência, como a falta da cerveja gelada ou de sobremesa, por exemplo.

Desafio logístico

Um dos desafios desse modelo, segundo Foganholo, é a logística do abastecimento. Ou seja: garantir que não haverá falta do produto procurado. “Quando o consumidor vai a uma loja dessas e não encontra o item desejado várias vezes, ele deixa de frequentar.”

De olho no risco de falta de produtos nas prateleiras e no menor custo logístico, o Carrefour quer iniciar a expansão do modelo pela capital paulista e arredores.

Gravata diz que pretende esgotar abertura de lojas desse tipo em regiões abastecidas pelas centrais de distribuição da empresa nessas áreas. Sobre a possibilidade de expandir essas lojas para outros Estados, ele diz que não há planos concretos ainda.

Mas, no futuro, a companhia quer ter lojas autônomas nos principais centros urbanos do país.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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