A prestadora de serviços sumiu do mapa, o que fazer?

O título da coluna embora pareça sugerir uma situação improvável ou até algo fantasioso, remete a um fato que tem acontecido com frequência em condomínios no Distrito Federal.

Essa semana fui procurado por alguns síndicos que estão perdendo seus “cabelos e noites de sono”, ao amanhecerem com a notícia que a prestadora de serviços de portaria e limpeza fechou as portas e deixou seus funcionários totalmente desamparados.

Com auxílio do Dr. Marcos Martins, especialista em Direito do Trabalho, apresento algumas medidas devem ser tomadas para minimizar os impactos da tragédia narrada:

 

[adrotate group=”1″]

 

  1. Mantenha a calma, não haja sem antes procurar guarida em conselhos de profissionais da área (advogados, contadores e colegas síndicos com mais experiência);
  1. Notifique a prestadora por meio idôneo e com comprovação de recebimento (e-mail, carta com ar, notificação via cartório e outras) que não continuara com serviços por descumprimento contratual e retenha a fatura mensal que deveria ser paga a empresa, com base no princípio a Exceção de Contrato não cumprido prevista no art. 476 do Código Civil;
  1. Informe os funcionários da prestadora de serviço sobre a rescisão com a empresa e dispense os mesmos dos seus postos, imediatamente após a contratação de nova empresa;
  1. Convoque uma assembleia extraordinária para dar ciência aos condôminos da demanda judicial necessária (consignação de pagamento junto à Justiça do Trabalho – evitando multas pelo atraso no recebimento das verbas Rescisórias – Art. 477 da CLT);
  1. Contrate um bom advogado para consignar na Justiça do Trabalho os valores da rescisão trabalhista, uma vez que o condomínio tem responsabilidade subsidiária sobre passivo trabalhista dos empregados, responderá pela má escolha (“culpa in eligendo“) e por não fiscalizar o cumprimento das obrigações da empresa para com os empregados (“culpa in vigilando”);
  1. Existe a possibilidade de contratar diretamente os empregados que ficaram nessa desconfortável situação, mas o condomínio assumiria os débitos, pois conforme súmula 212 do TST, já que pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

 

Espero que tenha ajudado  gestores condominiais a voltarem a ter suas noites de sonos e preservar os cabelos que ainda restaram.

Dr. Hugo da Costa.

 

Leia mais artigos aqui!